quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O lugar dela

Ela não sabia que existia um lugar em que se sentiria segura e protegida de uma forma tão diferente e boa. O lugar, por sua vez, nunca imaginou que pudesse existir alguém que se encaixasse de uma forma tão única e perfeita. Só que eles existiam sim, e durante anos viveram próximos e distantes. Ele, o lugar, lá e ela aqui. Ou seria ela lá e ele, o lugar, aqui? Isso! Era isso mesmo. É que, apesar dessa história estar acontecendo agora, eu a conto do futuro. Confundiu? Essa história pode ser tudo, menos confusa. É mágica. Porque o lugar não era como os outros lugares. Ele pensava, ele sentia, ele agia. E foi pensando, sentindo e agindo que inesperadamente ela encontrou o lugar, e foi conhecendo-o. Mas ele logo notou algo diferente. Era como se fossem conhecidos de longuíssima data e daí para frente quando ela não estava no lugar, o lugar pensava nela e queria estar com ela. Mas ainda que o lugar tenha resolvido contar o início dessa história, a história em si está na criatividade de quem está lendo. O que posso adiantar é que todos que conheciam ela e o lugar não viam nem ela nem o lugar, e sim o lugar dela. (Rafael Gidra)

2 comentários:

  1. Fala garoto! Tá cada vez mais verdadeiro! E original! E este lugar são os braços esperando a pessoa certa para se encaixar neles! E também são os olhos, onde se vê a pessoa amada e nem sabe que a é; onde se reinventa, todos os dias, a história de um final conveniente! Valeu moleque bom!
    Um abraço

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  2. Daqui a uns anos você pode assumir uma coluna na Revista de Domingo d'O Globo, junto com a Martha Medeiros e o Alberto Goldin. =)

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