
Sendo muito bondoso, posso até dizer que essas criaturas estão no iniciozinho do caminho certo. Pude perceber essa leve tendência enquanto assistia à TV a espera do meu almoço — depois de usar o banheiro e antes de retornar à nave para partir. Trocando os canais, achei um programa interessante que falava do espaço. Assistindo durante 1 hora, vi efetivamente 30 minutos de programa dissolvidos em outros 30 minutos de anúncios de programação futura combinados com comerciais diversos. Estes comerciais vendiam coisas, era o método antigo. Mas os anúncios de programação futura, estes sim são o futuro!
Deixe-me explicar nossa teoria. Digamos que metade do programa foi anúncio de programação futura. Na data da programação futura, ocorrerá a mesma coisa. Metade dessa programação futura será usada para anunciar outras programações futuras. Até aqui essas criaturas estão fazendo bem, mas nenhuma novidade. O que lhes falta é o que já fizemos há muito tempo: trocamos metade por inteiro, e ninguém sentiu. Nossos programas são sempre anúncios de programações futuras. E quando chega a data dessas programações, anunciamos outras.
Isso me lembra o primeiro modelo dessa teoria que vi num nano-capítulo de um mega-livro de economunicação. Imagine três programas de TV: A, B e C. O programa A são anúncios do programa B. O programa B são anúncios do C, e o programa C do A. Fecha-se o ciclo e enuncia-se assim o pequeno grande primeiro último teorema da economunicação: transforme seus produtos em nada e alcance a essência do lucro. #
Há mais um passo rumo a compra do nada que não foi notado pelo viajante, por não morar aqui, porque perceberia a mesma idéia nos impostos no Brasil. Se paga muito e não se leva nada por isso!
ResponderExcluirNão existe jantar gratis.
ResponderExcluiré um bom ponto acerca do texto! :D
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